No olho do furacão: Manifestação não é terrorismo.

No movimento estudantil participei de diversas manifestações, pois sempre acreditei que o povo tem o dever de se manifestar, lutar pelo que acredita expressar sua indignação contra o sistema, porem nunca compactuei com manifestações que não eram pacificas, se manifestar incentivando a violência, botando em risco a vida e a integridade física de inocentes, isso para mim é terrorismo, o que testemunhei ontem na Assembléia Legislativa de Alagoas foi um absurdo, bombas por toda parte, janelas sendo quebradas por pedras que eram lançadas em direção a Casa Tavares Bastos, os manifestantes pouco se importavam se alguém poderia ser atingido, ferido ou morto. Sou contra a forma que o governador Teotônio Vilela vem tratando os funcionários públicos, sou contra o aumento dos salários dos deputados, porem não posso pontuar positivamente o protesto de ontem, quem o fez perdeu a razão, quando botou a minha vida e a vida de muitos em risco, confesso eu senti medo, não tinha como não sentir ou lembrar-se do manifesto de 1997 quando o ex governador Suruagy deixou o cargo, faltou pouco para se igualar ao manifesto da década passada.  Se os manifestantes queriam chamar a atenção, conseguiram, mas com essa atenção não foi o apoio do povo, perde a razão aquele que perde a calma, e isso foi positivo para o governo, pois o mesmo não vai negociar com anarquistas,e com isso o fato político foi positivo para o governador, o jogo virou e isso é uma pena, os manifestantes perderam uma grande oportunidade. Um fato que gostaria de observar é que tenho a mais absoluta certeza que o manifesto de ontem teve o apoio covarde de algum deputado. Alagoas precisa melhorar na sua gestão, porem a violência não é o caminho correto para isso. É o que eu penso.