quarta-feira, 6 de julho de 2011

A saudosa UE$A.

Antiga sede da UESA ja vendida e sem a placa com o nome da entidade.


 Nos tempos que existia movimento estudantil na UESA


Há muito tempo levo comigo o sentimento de revolta, fico revoltado quando passo na Avenida Fernandes Lima e vejo a antiga sede da Uesa entregue a o abandono depois da venda duvidosa o prédio onde por muitos anos foi à casa dos estudantes de Alagoas, onde passei grandes momentos de minha vida no movimento estudantil, o prédio sede, patrimônio público foi usado como moeda de troca.

Vamos voltar um pouco no tempo, para entender a gravidade dos fatos que irei abordar aqui.

A UESA teve sua primeira sede em 1949 antes na rua do comercio no centro de Maceió, em 1958 a ditadura fechou a primeira sede da entidade estudantil alagoana, a UBES e UNE também tiveram suas sedes fechadas na época pelo regime ditatorial, com isso o saudoso ex deputado José Bernardes comprou um terreno na frente do Cepa, o mesmo escondeu a escritura do terreno para a ditadura não tomar, a escritura ficou em segredo até á redemocratização do Brasil  em 1986,  com a reativação da UESA  o primeiro presidente após á ditadura foi Kleber Santos na época filiado ao PCdoB, após a reativação da entidade estudantil José Bernardes  procurou Kleber Santos e entregou a escritura do terreno, iniciando assim uma campanha para construir a nova sede, na época procuraram o secretario estadual de educação o historiador Douglas Apratto hoje um dos diretores do CESMAC, para conseguir apoio e assim construir a nova casa dos estudantes alagoanos.
Nos últimos quinze anos muita coisa mudou, a UESA virou uma fábrica de carteirinhas estudantis visando somente o lucro, verdadeiras quadrilhas de oportunistas assumiram a diretoria da entidade destruindo a mesma aos poucos, presidentes que ao assumir a entidade não tinham nenhum patrimônio saiam do mandato com carros importados e apartamentos de luxo, outros chegaram a alugar aviões particulares para rodar o Brasil luxando com o dinheiro da UESA. Verdadeiras hienas se acusando buscando o poder, brigas pessoais e gananciosas, eleições fraudulentas com congressos fantasmas e intervenções foram fatos marcantes dos últimos anos que prejudicou o movimento estudantil no estado, falo com propriedade pois tive minha gestão prejudicada quando fui presidente da UMES-Laje, colocando a UESA nas paginas dos jornais de maneira negativa, mas nada se compara ao maior golpe que a entidade já sofreu. 
Na gestão do ex presidente Ivonaldo Feliciano da Silva Junior mais conhecido como JR, o prédio sede da entidade foi supostamente vendido, por que supostamente? O antigo terreno e o prédio juntos valem pouco mais de R$ 1.000.000.00 (Um milhão de reais) porem foi vendido a um prefeito maguinata do sertão do estado por pouco menos de R$ 300.000.00, (Trezentos mil)  valor irrisório comparado ao valor real do imóvel, lembramos que  como rege o estatuto o prédio não poderia ser vendido, só poderia ser doado em caso de fechamento da entidade e doado para outra entidade do mesmo fins em assembléia geral, não foi isso que aconteceu.
Por que o prédio foi vendido por um valor inferior ao real? Hoje o antigo prédio está à venda novamente o valor pedido é de R$ 1.200.000.00 (Um milhão e duzentos mil reais), depois da suposta venda, a diretoria da UESA comprou um prédio novo próximo a importadora também no Farol, esse também foi vendido recentemente, atualmente a UESA tem suas instalações montada em uma sala  localizada em um edifício comercial no bairro de Sanatório.
Na época dessa transação fraudulenta entidades estudantis e a superintendência estadual da juventude que na época tinha como comandante da pasta o senhor Raudrin de Lima foi ao Ministério Publico denunciar o ocorrido, porem o MP nada fez e até hoje os responsáveis pelo maior golpe que a União dos Estudantes Secundaristas de Alagoas sofreu estão livres, gozando da impunidade. Onde está o dinheiro da venda dos dois prédios? Por que mesmo de maneira ilegal o prédio foi vendido por um valor de mercado muito abaixo do normal? Eu quero respostas.